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terça-feira, 20 de outubro de 2009

O CHORO EM FLORIANÓPOLIS Monografia Bernardo Sens



Foto Zequinha e seu Regional na Rádio Diário da Manhã com dedicatória de Zequinha:
“Ao amigo Carlinhos, com a admiração e amizade de Zequinha e seu Regional. Florianópolis (29/5/1952) – Acervo Paulo Roberto Vieira.

Desde as primeiras décadas do séc. XX o choro já era tocado na Ilha de Santa Catarina o que acontecia juntamente com o desenvolvimento do gênero em outras partes do Brasil. Segundo relatos de antigos intérpretes desse gênero, a prática desta música é recorrente na Ilha desde 1920., mas com ressalvas de que anteriormente já haveria a presença desta na Ilha. Segundo Lacerda (2007), em um livro intitulado “A Música em Santa Catarina no Século XIX”, de 1951, Oswaldo Cabral, lembra que através de investigação histórica e lembranças, vários músicos da então Ilha do Desterro, onde os gêneros que constituirão mais tarde, as bases para a constituição do choro, já são praticados na Ilha. Neste sentido, escreve Cabral, lembrando um destes músicos ilustres, que apesar de ser natural de São Francisco, mantinha negócios artísticos na então Capital.

Figura curiosa como professor de música, foi Benjamin Carvalho de Oliveira. Natural de São Francisco, tinha como seu correspondente na Capital a João Prado Faria, um dos diretores da Euterpe, e que se encarregava de lhe transmitir as encomendas. Em 1875, anunciava ele ter um pequeno ‘repertório musical à disposição dos amadores da arte, escrevendo ou prontificando-se a qualquer encomenda que deste gênero se lhe faça’. E oferecia: - ‘Não instrumentadas: - aberturas, hinos, hinos para sociedades, pequenas músicas sacras: a 1$000 – Finais para coro: 1$500 – quadrilhas: 2$000 – Polcas, valsas, schottishs, varsovianas, mazurcas, lundus: $500, 1$000 e 2$000 – dobrados, marchas, grandes marchas religiosas e duetos – de 2 a 5$000 – Hino dos Reis 5$000. (CABRAL, 1951. p.18)


Além do modo interessante de comercialização da música, nota-se a presença marcante dos gêneros que comporão as matrizes do choro mais tarde - polcas, valsas, schottishs, varsovianas, mazurcas, lundus -, não aparecendo apenas o maxixe. (LACERDA, 2007).
Em Florianópolis o choro passou por diferentes momentos. Em conversa com Dona Sueli Septiba, bisneta do Sr. Brasilício de Souza (1854 – 1910) e filha e Álvaro de Souza (1879 - 1939), dois compositores de Florianópolis, pude saber que realmente no inicio do séc. XX já existiam composições de valsas, polcas e outros ritmos na Ilha, no entanto, eram esparsas e havia poucos compositores desse tipo de música.

Sobre o início do choro aqui em florianópolis, os músicos têm um concenso de como foi o processo. Nabor Ferreira, nascido em 1926, em Florianópolis, começou a tocar clarinete aos 15 anos. O clarinetista e saxofonista comenta que “quando eu comecei a tocar saxfone já existiam pessoas que tocavam Choro, mas não em regionais, que surgiram mais tarde...

Leia a monografia completa:
O CHORO EM FLORIANÓPOLIS: UMA ANÁLISE DOS ELEMENTOS INTERPRETATIVOS NO CHORO ÉDNA DE CARLOS VIEIRA E NILO DUTRA

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